segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Afirmando a Conversão

Nesse tempo de Quaresma, temos afirmado alguns dos pilares da fé cristã: a pecaminosidade da natureza, a necessidade do arrependimento, a resposta da Graça. Hoje afirmamos a necessidade da Conversão!  O Senhor Jesus Cristo nos envia, a todos nós que integramos o seu Povo da Nova e Eterna Aliança, a Igreja, na diversidade de nossos dons e vocações, a ir por todo mundo (geográfico, racial e social) e pregar o Evangelho. Essa é a Grande Comissão, que não é uma sugestão, mas uma ordem. Como decorrência dessa pregação (por palavras e atos), os eleitos de Deus não resistirão à Graça: “quem crê será salvo; quem não crê já está condenado”, é a sentença do Senhor. Serão salvos os que crerem em seu coração e o confessarem com os seus lábios, conforme nos ensina o apóstolo Paulo.

As pessoas perdidas em seus delitos e pecados, criando cultura, sistemas e instituições pecaminosas (contrárias ao projeto original e aos valores do Reino de Deus), não poderão responder se não ouvirem, e não ouvirão se não há quem pregue. Nós somos enviados a sermos pregadores, com coragem, unção, discernimento e criatividade.

“Necessário vos é nascer de novo”, disse Jesus a Nicodemos e a toda a criatura.

Conversão não é mero acentimento intelectual. Isso seria convencimento. Não é mera mudança de agremiação religiosa. Isso seria adesão. Conversão é uma experiência existencial, a mais profunda – movida pelo Espírito Santo – de consciência de pecaminosidade, arrependimento e fé, crendo em Jesus Cristo como seu único Salvador e seguindo-o como único Senhor. Conversão, com os nomes inscritos para sempre no Livro da Vida, é redirecionamento, compromisso com o Senhor e seu Reino.

Cada ministro deve ensinar ao seu rebanho o Plano de Salvação. Cada fiel deve conhecer e saber compartilhar o Plano de Salvação.

O processo de conversão é único para cada indivíduo e Deus usa uma diversidade de instrumentos.

Uma decisão não é uma conversão, mas não há conversão sem decisão. A decisão, como resposta à Graça, é ponto culminante do processo de conversão, que é conversão de (pecado, perdição) e conversão para (salvação, nova forma de viver).

Diante de uma multidão de cristãos nominais ou carnais, formais e descomprometidos, diante de uma realidade latinoamericana, que foi denominada por Jerônimo Gueiros de “continente pagão de um povo batizado”, afirmemos a necessidade de conversão, e sejamos canais dessa Graça transformadora.

Nesse tempo de Quaresma, lembremo-nos da nossa decisão no passado e a atualizemos no presente.

Convertei-vos! Convertamo-nos!

“Ó Deus Todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que não deseja a morte do pecador, mas que este se converta de sua maldade e viva, deu poder e mandamento aos seus Ministros para declarar e pronunciar a seu povo arrependimento, absolvição e remissão dos pecados. Ele perdoa e absolve a todos os que verdadeiramente se arrependem e com sinceridade de coração creem em seu santo Evangelho. Portanto, roguemos que Ele nos conceda verdadeiro arrependimento e seu Espírito Santo, a fim de que as obras que fazemos neste dia lhe sejam agradáveis, e que nossa vida daqui em diante seja pura e santa, para que no fim cheguemos a seu gozo eterno; por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém (LOCb).

Paripueira (AL), 22 de fevereiro de 2010,
Anno Domini.
+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano

                                           CREUZA SAMPAIO...

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